sábado, 30 de julho de 2011

A carícia é o combustível do comportamento humano...


Nossas condutas são induzidas por nossa necessidade de reconhecimento. Algumas, de maneira imediata: "hei, por que você não me cumprimentou?". Outras, a longo prazo: "Com essa descoberta, vou ganhar o prêmio Nobel". Ou, "Eles ainda me pagam...!". Ou ainda: "Vou ganhar muito dinheiro para dar em casa para os meus pais".

Muitas vezes, toda uma série de acontecimentos é motivada por um simples gesto de atenção (lembram das loucas histórias de paixão de adolescentes?).

A vida dos seres humanos, na maioria das vezes, é orientada para a pessoa receber do pai um abraço que não conseguiu quando criança, de modo incondicional, simplesmente pelo fato de ser um filho, de existir. Muitas vezes, carreiras que poderiam ter sido brilhantes, vão desmoronando por falta de estímulos. Muitas vezes, os seres humanos funcionam como burros que caminham motivados por uma cenoura colocada suspensa em uma vara, na frente. Caminham o tempo todo e, frequentemente, nem chegam a comer a cenoura... (andando atrás de um vislumbre de reconhecimento).

São pessoas que colocam um objetivo lá na frente, sem valorizar o prazer de viver. Esse objetivo pode ser uma situação na qual vai receber uma tonelada de carícias, por ter atingido o alvo. Outras vezes, não conseguem atingir esse objetivo e receber as carícias por não terem conseguido realizá-lo.

É importante na nossa vida que cuidemos de procurar as carícias das quais necessitamos, ao mesmo tempo em que, a cada momento, desfrutemos o fato de estar vivos.

A Carícia Essencial - Uma Psicologia do Afeto
Roberto Shinyashiki

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